Por que crimes hediondos em Angola  não são divulgados e impunes

Por que crimes hediondos em Angola  não são divulgados e impunes

Por Prof.N’gola Kiluange
Washington D.C -Nos últimos 15 anos, houve vários assassinatos macabros ocorridos em luz brilhante, de dia ou de noite , em Luanda . A maioria das vítimas foram mortas com um tiro de estilo de execução, e provavelmente motivadas politicamente.

Entre os assassinados mais proeminentes foram Fernando Ricardo de Mello Esteves e Alberto Graves Chakussanga, jornalistas; Mfulupinga Lando Victor, o líder da oposição ; Mendes Ernesto e Danilson dos Santos, os jovens cineastas angolanos ; António Belarmino Brito, um alto funcionário da Sonangol ; António Alves Kamulingue, Isaias Sebastião Cassule ,e jornalista Milocas Pereira são vítimas de desaparecimento forçado, e a lista nunca mais acaba.

Esses são apenas alguns casos horríveis bem- conhecido de ter ocorrido na capital de Angola, Luanda.A situação no interior do país é ainda pior, principalmente na província de Benguela, Cabinda, Huambo, Kuando Kubango, Lunda-Norte , Lunda-Sul , ,etc.

Mas, a fim desvendar todo o mistério em torno dos crimes hediondos em Angola , primeiro vamos voltar à época da luta contra o colonialismo.

Inicialmente, a afiliação `a estes movimentos foram baseadas em considerações pessoais ou políticas, mais do que na lei existente, e principalmente guiados por uma disciplina rigorosa no local que muitas vezes proibiam as críticas.

Na maioria dos casos as críticas eram silenciosamente minimizadas ou mesmo consideradas como desacordo político, um acerto de contas, como vingativo …

Em outras palavras, não havia espaço em seu mundo de divergência , não havia espaço em seu mundo de discórdia, não havia espaço em seu mundo de críticas.

Os críticos em geral eram desprezados ou executados por seus próprios companheiros ou irmãos , dependendo da aplicação da lei de um desses grupos.

E isso é o mais triste de todos!

Pouco a pouco, criamos a nossa própria realidade com pensamentos demoníacos. Criámos a nossa própria sociedade disfuncional .

E hoje, se não temos qualquer problema nacional, não é escondendo a nossa própria ira de nós mesmos. Temos permitido que o egoísmo todo-penetrante e a indiferença ao sofrimento de outros controlem as nossas próprias almas. Temos permitido que a arrogância e dominância prevaleçam sobre o pragmatismo e o senso comum.

Temos vergonhosamente permitido piratas com o instinto assassino esbanjar nossos próprios fundos públicos , ameaçando a segurança national do país .

Amigos, estamos seriamente a endividar a qualidade do ar que respiramos, jogando a roleta russa com o futuro da nossa própria próxima geração.

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Why heinous crimes in Angola go unreported and unpunished.

By Prof.N’gola Kiluange

Washington D.C – Over the past 15 years, there have been several gruesome assassinations in bright light, day or night , in Luanda . Most of the victims were killed in an execution style shooting, and probably politically motivated.

Among the most prominent people killed were Fernando Ricardo de Mello Esteves and Alberto Graves Chakussanga, journalists; Mfulupinga Lando Victor, leader of the opposition ; Mendes Ernesto and Danilson dos Santos, young angolan filmmakers ; António Belarmino Brito, a senior official of Sonangol ; António Alves Kamulingue, Isaías Sebastião Cassule ,and Journalist Milocas Pereira are victims of enforced disappearance, and the list goes on and on.

These are just a few horrific cases that are well- known to have occurred in the capital of Angola, Luanda.The situation in the interior of the country is even worse, mainly in the province of Benguela, Cabinda, Huambo, Kuando Kubango, Lunda-Norte, Lunda-Sul,etc.

But, in order to unfold the whole mystery surrounding the heinous crimes in Angola , first let’s go back to the era of struggle against colonialism. There had been three major liberation movements in the country (FNLA, MPLA, UNITA) that were fighting against the Portuguese colonialism.

Initially, affiliation to these movements were based on personal or political considerations rather than on existing law, and mainly guided by strict discipline in place that often forbade criticism. In most of the cases criticisms were silently belittled or even regarded as political disagreement, a settling of scores, as vindictive…

In other words, there was no room in their world dissent, there was no room in their world for disagreement, there was no room in their world for criticism. Critics in general were either despised or executed by their own comrades or brothers, depending on the law enforcement of either group. And that’s the saddest thing of all!

Little by little, we have created our own reality with our demonic thoughts. We have created our own dysfunctional society. And today, if we have any national fault, it is hiding our own anger from ourselves.
We have allowed all-pervasive egotism and indifference to the suffering of others control our own souls. We have allowed arrogance and dominance prevail over pragmatism and common sense.
We have shamefully allowed buccaneers with assassin’s instinct squander our own public funds, threatening the country national security.

Friends, we are seriously indebting the quality of air we breathe by playing russian roulette with future of our own next generation.

Prof. Ngola Kiluange ( Serafim de Oliveira)
Washington D.C
Prof.kiluangenyc@yahoo.com