Angola – Uma realidade distorcida !
7 de Outubro de 2015
Por Prof.N’gola Kiluange
ANGOLA – * É perigoso e ilusório pensarmos em restituir a deontologia e ética profissional do aparelho de estado com um clássico criminoso de colarinho branco na governação máxima desse país!
Washington D.C – Uma das estratégias mais eficientes de quebrarmos os pés dos nossos adversários é – retirar-lhes a capacidade de acesso a qualquer tipo de comunicação social.
Num país em que só Deus sabe quantos “iletrados” existem, um dos melhores mecanismos de silenciar as suas respectivas preocupações – é limitar-lhes a exposição à média nacional ou internacional!
Isso,aliás, é um dos meios mais selváticos usados por José Eduardo dos Santos para nos amortecer deliberadamente a liberdade de expressão!
A nossa descolonização só foi possível graças(em parte) à colaboração e solidariedade de todos aqueles que acreditavam numa realidade – instauração de uma República com base nos princípios e respeito à Carta Magna nacional!
Resulta que a brutalidade do então regime colonial acabou por ceifar vidas de milhares e milhares de cidadãos indefesos… E todos aqueles que tiveram a coragem de porem as suas próprias vidas na linha da frente – fizeram-na com audácia e abnegação, deixando-nos um legado de esperança: o direito à liberdade de expressão e de informação!
E o maior fiasco aqui é que indivíduos outrora combatentes contra o colonialismo português… são os mesmos que hoje governam esse país… usam e abusam das instituições estatais para privarem os cidadãos de liberdade em nome de um ideal alheio à vontade da maioria dos angolanos.
No entanto, convenhamos que a aquisição de conhecimentos reveste-se em dois factores: oral e escrita!
Mas, sempre que um governo retira a capacidade de um cidadão comum exprimir a sua voz, independentemente da sua habilidade escrita ou oral – é um crime moral e cívico!
Se a legitimidade desse governo advém do pleito eleitoral, as suas ações devem respeitar sempre a vontade do povo… submetendo a ausculta popular ( se necessário for) todas decisões controversas!
Pelo menos, é isso o racionalismo lógico e cívico pre-estabelecido num escrutínio: contrato formal – quem promete, tem que cumprir!
O conceito de comunicação social varia em função geográfica e cultural. No nosso caso, o que temos verificado é deplorável: a existência de uma mídia pública exclusivamente “alienante” a todo pensar diferente ao regime.
É importante que esses supostos “iletrados” estejam em condições de participarem e fazerem parte do sistema que se cre cívico e moral.Caso contrário ninguém está imune a ameaça constante de instabilidade social!
Enquanto não compreendermos o valor que os meios de comunicação social desempenham na promoção da formação e educação humana, perderemos a oportunidade de construir uma sociedade de paz e harmonia social.
Perguntar ao único e legítimo proprietário de Angola é respeitar a sua vontade :como gostaria de ser governado e por quem!?
É aqui… precisamente aqui… onde se urge a necessidade da realização de uma Conferência Nacional…
Em causa, está a legitimidade moral e cívica de quem nos governa… quanto à má gestão do nosso erário público, corrupção endêmica , assassinatos premeditados, envenenamentos ou suicídios simulados, detenções arbitrárias e julgamentos injustos, violação sistemática da nossa constituição,etc.
É perigoso e ilusório pensarmos em restituir a deontologia e ética profissional do aparelho de estado com um clássico criminoso de colarinho branco na governação máxima desse país!
Prof.N’gola Kiluange ( Serafim de Oliveira)
Prof.kiluangenyc@yahoo.com
Washington D.C
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