
Angola: Instituições democráticas eficazes vs. perpetuação do status quo
Washington D.C —No vídeo em anexo, ao se aperceber das súplicas de João Lourenço quanto ao investimento americano, o secretário de Estado Blinken ordena a retirada dos jornalistas…e o que foi dito em privado pode ser um quebra-cabeça sem solução?
O secretário de Defesa Austin, no entanto, revela a intenção do governante angolano comprar armamento :”sei que Angola está a tentar reestruturar as suas forças armadas. Estamos satisfeitos por saber que Angola está interessada em possíveis compras dos Estados Unidos e estamos a trabalhar com o Departamento de Estados para responder ao seu pedido”.
E onde então sairá o dinheiro para a dita reestruturação militar — ajustamento do Orçamento Geral do Estado, compra a crédito,etc.?
O questionável não é a compra ou a remodelação, por si só, mas o calendário apropriado para responder às nossas necessidades urgentes :acesso à informação pública, redução da pobreza, criação de instituições democráticas eficazes,empregos sustentáveis através da promoção da diversificação das actividades económicas, combate efectivo contra todo o tipo de corrupção,respeito à coisa pública,consciência cívica, responsabilização democrática,exercício de cidadania e consulta da opinião do povo, envolvimento do público na tomada de decisões na gestão da coisa pública,etc.
A parceria crescente entre Angola e os Estados Unidos— incluindo a nossa presumida liderança principal no continente africano — não deve, nunca, sobrepor-se ao clamor público face à penúria alimentar crítica, extensiva nas regiões mais afectadas pela seca. Nem tão pouco promover ações de perpetuação do status quo através de intenções negativas de vingança, consistente marginalização política, económica e sociais.
—————————————————————————————————————————-
Angola: Effective democratic institutions versus Perpetuation of the status quo
Washington D.C —After seeing João Lourenço’s pleas for American investment, in the attached video, Secretary of State Blinken orders the journalists to leave. It could be a puzzle that remains unknown about private remarks.
Defense Secretary Austin reveals the Angolan government’s intention to buy weapons: “I understand that Angola is looking to restructure its military. We’re pleased to hear that Angola is interested in possible purchases from the United States and we’re working with the Department of States to respond to your request.”
What will be the source of funding for the military restructuring – adjusting the state budget, buying on credit, etc.?
There is nothing questionable about the purchase or remodeling itself. Still, the appropriate timing to respond to our urgent needs: access to public information, poverty reduction, creation of effective democratic institutions, sustainable jobs by promoting diversification of economic activities, effective fight against all kinds of corruption, respect for the public thing, civic awareness, democratic accountability, the exercise of citizenship and consultation of the people’s opinion, involvement of the public in decision making in the management of the public thing, etc.
The growing partnership between Angola and the United States – including our presumed principal leadership on the African continent – must never override the public outcry over critical food shortages, extensive in the regions most affected by drought. Nor should it promote actions to perpetuate the status quo through harmful revenge intentions and consistent political, economic, and social marginalization.
See video here:
Serafim de Oliveira
Washington D.C
Reblogged this on Angola Transparency.
LikeLike